ABNT NBR 16401-2: Conforto Térmico em Ambientes Internos
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07/03/2025
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O projeto de edificações eficientes deve ser adequado ao clima em que a edificação está inserida, assim, o zoneamento bioclimático é uma importante ferramenta na fase de projeto. Com um zoneamento bioclimático bem definido, é possível estabelecer diretrizes construtivas que orientam a concepção de edificações mais eficientes e adaptadas ao ambiente.
Com a maior disponibilidade de dados climáticos no Brasil, foi possível desenvolver um zoneamento mais representativo dos diferentes climas do país. Para sua definição, foram analisados os arquivos climáticos do tipo TMYx, disponíveis na plataforma Climate One Building. Esses arquivos são elaborados com base na metodologia descrita na ISO 15927-4:2005 e derivados de dados meteorológicos horários. Nessa análise foram considerados apenas os arquivos mais recentes, resultado de medições realizadas entre 2007 e 2021. Entre os arquivos analisados, foram selecionados 298, cujos dados estão coerentes com a base integrada ISD (US NOAA’s Integrated Surface Database).
O novo zoneamento foi desenvolvido pensando no desempenho térmico das edificações. Para tanto foram realizadas simulações para os seguintes casos:
Como o desempenho de edificações naturalmente ventiladas é mais influenciado pelas condições climáticas, o zoneamento bioclimático foi definido a partir de análises realizadas para edificações residenciais, considerando indicadores como:
Após essa definição, o zoneamento foi validado para edificações não residenciais, com base na carga térmica de resfriamento da envoltória, demonstrando sua aplicabilidade sem restrições para essa tipologia.
A metodologia adotada está detalhada no artigo “Bioclimatic zoning for building performance using tailored clustering method and high-resolution climate data”, de Machado et al. (2024) e em “The impact of climate data uncertainty on bioclimatic zoning for building design”, de Machado et al. (2025).
A norma, publicada em 03 de dezembro de 2024, já está em vigor. Na nova versão, o país é dividido em seis zonas bioclimáticas que vão de Muito Fria (ZB 01) a Muito Quente (ZB 06). Estas seis zonas são suficientes para caracterizar o clima local e orientar diretrizes e políticas de eficiência energética. Além disso, para um nível de detalhamento maior, cada zona foi subdividida de acordo com as características predominantes de cada clima: as zonas mais frias (ZB 01 e ZB 02) foram subdivididas conforme as características do inverno destas regiões, enquanto as demais foram subdivididas em função da umidade local. Essas subdivisões permitem a definição de diretrizes de projeto mais específicas e auxiliam no desenvolvimento de políticas públicas regionais.
Zoneamento bioclimático por desempenho térmico e umidade relativa (Fonte NBR 15220-3:2024)
A norma apresenta as zonas bioclimáticas de todas as capitais do país e também indica qual cidade melhor representa as condições climáticas de cada clima. O relatório técnico ABNT TR 15220-3-1 traz a lista com a zona bioclimática de todas as cidades brasileiras, agrupadas por região.
Com a atualização da norma, o zoneamento bioclimático brasileiro torna-se mais preciso e alinhado às condições climáticas atuais, permitindo que projetistas e profissionais da construção civil tenham uma base mais confiável para a definição estratégias de conforto térmico e eficiência energética. A revisão também reforça o papel da normalização técnica como ferramenta para o desenvolvimento sustentável do setor.
Escrito por: Arq. Greici Ramos Publicado em 07 de março de 2025.
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